A janela aberta entrega que era noite. Sobre uma cadeira, um menino de olhos de doido, bochechas de veludo e cabelo sarará, mantido em pé pelas mãos da mãe preta, que brincava de marionete. Do lado, uma menina - mais pra garota do que pra menina - que tinha as pernas bem grandes e já sabia sentar. Com os cabelos sobre a testa e um sorriso tímido, chamava-se Nina, e hoje tem nome adulto.
Em frente, uma mesa de flores azuis, com um prato e meio e uma faca. O bolo, preto de chocolate, enfeitado com bonecos de pele azul e caras fofinhas. Nesse dia Papai Noel apareceu, mas todo mundo disse que era disco voador. O Jairzinho não veio. Ele nunca vem...
Acho que era a minha festa de um ano.
sábado, 29 de novembro de 2008
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5 comentários:
Eu quero mais!
Ahn? Desculpa se deu a impressão de alguma outra coisa, te juro que não foi a intenção, mas é a minha especialidade. Ser confusa e confundida. Sorry...
ahhh..continua...fala mais de como foi!
=D
Me lembrou a velha e boa literatura brasileira: longe do estilo blogueiro. E não que blogs não sejam bons, são só questões de estilos.
E novamento ao texto: cativador :D
Muito bom, sensível e nostálgico...
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